Luís Filipe Menezes denunciou em Évora, um “escândalo” na emigração relacionado com uma recôndita cidade da Amazónia, da qual “ninguém ouviu falar”, onde existem 200 militantes social – democratas.
“Devem ser os índios Yanomami, com certeza”, criticou o actual Presidente do PSD, num encontro com Jornalistas, inserido na campanha para as eleições directas.
Em 24 horas, passam de 80 para 1200 militantes com quotas pagas. Retomando a polémica sobre o pagamento de quotas de militantes, que reafirmou ser “fraudulento”, Luís Filipe Menezes apontou o caso da emigração, considerando ser um “escândalo”.
O deputado do PSD, José Cesário, eleito pelo círculo da Emigração, referiu à Agência Lusa, que podiam votar para as eleições do PSD, 1350 militantes residentes em vários países do mundo. José Cesário adiantou que estes emigrantes têm as quotas pagas e pertencem ao PSD há mais de seis meses, condições necessárias para poderem votar para a presidência do partido social-democrata.
O deputado desmentiu as declarações de Luís Filipe Menezes sobre a existência de 200 militantes na Amazónia, esclarecendo que a cidade de Maringá, fica no Estado do Paraná, no sul do Brasil e que o partido tem 22 militantes em condições de votar. “Maringá não tem nada a ver com a Amazónia. Fica a cerca de quatro mil quilómetros da Amazónia”, disse José Cesário. O deputado referiu ainda que neste Estado brasileiro reside “uma comunidade portuguesa muito qualificada e com um grande número de empresários”.
De acordo com José Cesário, no Paraná, habitam cerca de 50 mil portugueses, a estrutura do PSD de Maringá tinha somente 22 militantes em condições para votar nas directas e não os 200 militantes que referiu Luis Filipe Menezes, e muito menos se situa na Amazónia.